Indígenas
que vivem na tríplice fronteira Peru-Brasil-Colômbia, especialmente da Terra
Indígena Ticuna (Tabatinga/Brasil), e da Comunidade de Macedonia (Letícia/Colômbia),
estão em avançadas articulações para implantar a Universidad Indígena Intercultural
Internacional Amazónica. Um encontro para tratar sobre o tema acontecerá nos próximos dias 21 e 22 de junho, em Letícia.
A
proposta vem sendo discutida desde 2007, mas no ano passado ganhou fôlego com o
apoio da Universidad Pontifícia Javeriana (Cali/Colômbia), do Ministério de
Educação colombiano e das ONGs Willfer (Áustria) e Ancla (Suécia).
O
objetivo da iniciativa é possibilitar uma educação diferenciada para os
indígenas, atualmente desprovidos desta possibilidade já que as instituições de
ensino superior na região só oferecem cursos tradicionais que não contemplam a
cosmovisão destes povos nos âmbitos acadêmico, econômico, financeiro, cultural,
social e espiritual.
Especialmente,
eles afirmam que a Universidade Intercultural dará ênfase em temas considerados
fundamentais como Justiça Ambiental, Legislação Indígena e Medicina Tradicional,
que serão abordados e mediados por profissionais indígenas e professores
externos, especialistas em Interculturalidade.
Um
encontro histórico acontecerá na Comunidad de Macedonia, nos dias 21, 22 e 23
de junho, a fim de alavancar o processo e socializar a proposta entre os três países.