segunda-feira, 6 de maio de 2013

BRASIL: no Pará, fazendeiro é condenado a 5 anos de prisão por trabalho escravo


Foto: Ripper


Em plena luz do século XXI, a Justiça paraense condenou Vivaldo Rosa Marinho, proprietário da fazenda “Novo Prazer”, onde a vida era um permanente suplício para 11 pessoas. Marinho foi condenado por causa péssimas condições encontradas no local onde ele mantinha estes trabalhadores rurais, em regime de semi-escravidão.


Em 2009, na fazenda Novo Prazer, em Marabá (PA), foram resgatados 11 trabalhadores em condições semelhantes às de escravos
A Justiça Federal em Marabá, no sudeste do Pará, condenou o proprietário rural Vivaldo Rosa Marinho a cinco anos e quatro meses de reclusão por ter submetido trabalhadores a condições semelhantes às da escravidão.
Segundo a denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), em 2009 o Grupo Especial de Fiscalização Móvel, do Ministério do Trabalho e Emprego, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal, encontrou onze trabalhadores em condições subumanas na fazenda “Novo Prazer”, que fica em Marabá e é propriedade de Marinho.
Os trabalhadores foram encontrados em condições precárias de moradia e trabalho, principalmente em relação à saúde e segurança. As instalações sanitárias, quando existiam, encontravam-se em condições deploráveis.
Verificou-se, ainda, condições inadequadas para a conservação e o preparo dos alimentos, bem como ausência de água tratada para consumo, que era retirada de um córrego ou poço. Alguns trabalhadores não chegaram nem a receber salário pelo trabalho prestado.
Na decisão, o juiz federal João César Otoni de Matos estabeleceu o regime semi-aberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade.
Pelo MPF/PA, atuaram no caso os procuradores da República Tiago Modesto Rabelo e Luana Vargas Macedo. A decisão foi publicada no Diário Oficial Eletrônico da Justiça Federal na Primeira Região no último dia 11.

Fonte: Fórum Carajás