Foto: Ripper
Em plena luz do século XXI, a Justiça paraense condenou Vivaldo Rosa Marinho,
proprietário da fazenda “Novo Prazer”, onde a vida era um permanente suplício para 11 pessoas. Marinho foi condenado por causa péssimas condições
encontradas no local onde ele mantinha estes trabalhadores rurais, em regime de
semi-escravidão.
Em 2009, na fazenda Novo Prazer, em Marabá
(PA), foram resgatados 11 trabalhadores em condições semelhantes às de escravos
A Justiça Federal em
Marabá, no sudeste do Pará, condenou o proprietário rural Vivaldo Rosa Marinho
a cinco anos e quatro meses de reclusão por ter submetido trabalhadores a
condições semelhantes às da escravidão.
Segundo a denúncia,
apresentada pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), em 2009 o Grupo
Especial de Fiscalização Móvel, do Ministério do Trabalho e Emprego, em
conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal, encontrou
onze trabalhadores em condições subumanas na fazenda “Novo Prazer”, que fica em
Marabá e é propriedade de Marinho.
Os trabalhadores
foram encontrados em condições precárias de moradia e trabalho, principalmente
em relação à saúde e segurança. As instalações sanitárias, quando existiam,
encontravam-se em condições deploráveis.
Verificou-se, ainda,
condições inadequadas para a conservação e o preparo dos alimentos, bem como
ausência de água tratada para consumo, que era retirada de um córrego ou poço.
Alguns trabalhadores não chegaram nem a receber salário pelo trabalho prestado.
Na decisão, o juiz
federal João César Otoni de Matos estabeleceu o regime semi-aberto para o
cumprimento da pena privativa de liberdade.
Pelo MPF/PA, atuaram
no caso os procuradores da República Tiago Modesto Rabelo e Luana Vargas Macedo.
A decisão foi publicada no Diário Oficial Eletrônico da Justiça Federal na
Primeira Região no último dia 11.
Fonte: Fórum Carajás
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